Gustav Bergmann na Filosofia
Gustav Bergmann foi um filósofo austríaco-americano que nasceu em 4 de maio de 1906, em Viena, Áustria, e faleceu em 21 de abril de 1987, em Iowa City, Estados Unidos. Ele é conhecido por suas contribuições para a filosofia contemporânea, especialmente no campo da ontologia e da filosofia da linguagem. Neste glossário, exploraremos a vida, as ideias e as influências de Gustav Bergmann na filosofia.
Vida e Formação
Gustav Bergmann nasceu em uma família judia em Viena, Áustria, e estudou filosofia na Universidade de Viena. Durante seus estudos, ele foi influenciado por filósofos como Alexius Meinong e Moritz Schlick, que eram proeminentes na Escola de Viena. Bergmann obteve seu doutorado em filosofia em 1928, com uma tese sobre a teoria do conhecimento de Meinong.
Emigração para os Estados Unidos
Devido à ascensão do nazismo na Áustria, Bergmann emigrou para os Estados Unidos em 1938. Ele conseguiu um cargo de professor na Universidade de Iowa, onde passou a maior parte de sua carreira acadêmica. Em Iowa, Bergmann se tornou uma figura importante na filosofia analítica e fundou o Departamento de Filosofia da Universidade de Iowa.
Contribuições para a Ontologia
Uma das principais contribuições de Gustav Bergmann para a filosofia foi no campo da ontologia. Ele desenvolveu uma teoria ontológica conhecida como “ontologia fundamental”, que busca identificar os tipos básicos de entidades existentes no mundo. Bergmann argumentou que existem três tipos fundamentais de entidades: objetos, propriedades e relações.
Objetos
Para Bergmann, os objetos são as entidades individuais que existem independentemente de qualquer mente ou percepção. Eles são os elementos básicos da realidade e podem ser físicos ou não físicos. Bergmann defendeu que os objetos têm uma existência objetiva e são distintos das nossas representações mentais.
Propriedades
As propriedades, de acordo com Bergmann, são características ou atributos que os objetos possuem. Elas podem ser qualidades físicas, como cor e forma, ou qualidades não físicas, como ser uma entidade matemática. Bergmann argumentou que as propriedades são entidades reais e independentes dos objetos que as possuem.
Relações
As relações, segundo Bergmann, são conexões entre objetos ou entre objetos e propriedades. Elas são entidades distintas dos objetos e das propriedades que relacionam. Bergmann defendeu que as relações são fundamentais para a compreensão da realidade e que elas têm uma existência objetiva.
Filosofia da Linguagem
Além de suas contribuições para a ontologia, Gustav Bergmann também fez importantes contribuições para a filosofia da linguagem. Ele defendeu uma teoria referencial da linguagem, argumentando que as palavras e as sentenças têm significado em virtude de sua relação com os objetos do mundo. Bergmann enfatizou a importância da referência na compreensão da linguagem.
Influências e Legado
Gustav Bergmann foi influenciado por filósofos como Meinong, Schlick e Ludwig Wittgenstein. Ele também teve uma influência significativa em filósofos posteriores, como David Armstrong e David Lewis, que desenvolveram suas próprias teorias ontológicas baseadas nas ideias de Bergmann. Seu trabalho continua a ser estudado e discutido na filosofia contemporânea.
Conclusão
Em resumo, Gustav Bergmann foi um filósofo proeminente que fez contribuições significativas para a ontologia e a filosofia da linguagem. Sua teoria ontológica fundamental e sua defesa de uma teoria referencial da linguagem são pontos centrais de seu legado filosófico. Bergmann influenciou gerações posteriores de filósofos e seu trabalho continua a ser relevante para a filosofia contemporânea.