O nominalismo é uma corrente filosófica que se desenvolveu na Idade Média e que possui diversas vertentes e interpretações. Neste glossário, iremos explorar o conceito de nominalismo na filosofia, suas principais características e algumas das principais correntes que se enquadram nessa perspectiva.
O que é nominalismo?
O nominalismo é uma corrente filosófica que se opõe ao realismo e ao conceitualismo. Enquanto o realismo defende a existência de entidades universais e o conceitualismo acredita que os universais são apenas conceitos mentais, o nominalismo nega a existência de universais e afirma que apenas os indivíduos concretos existem.
Segundo o nominalismo, os universais são apenas nomes ou termos que usamos para agrupar indivíduos semelhantes. Por exemplo, quando dizemos que algo é “vermelho”, estamos apenas utilizando um termo para descrever uma característica que é compartilhada por diversos objetos, mas não existe uma entidade universal “vermelho” que exista por si só.
Origens do nominalismo
O nominalismo tem suas raízes na filosofia medieval, especialmente nos debates sobre a natureza dos universais. Um dos principais nomes associados ao nominalismo é o filósofo inglês William de Ockham, que viveu no século XIV. Ockham foi um crítico ferrenho do realismo e defendeu uma posição nominalista radical.
Outro filósofo importante para o desenvolvimento do nominalismo foi Roscelino de Compiègne, que viveu no século XI. Roscelino foi um dos primeiros a formular a posição nominalista de forma clara e influenciou muitos filósofos posteriores.
Principais correntes nominalistas
Dentro do nominalismo, existem diversas correntes e interpretações. Algumas das principais são:
Nominalismo extremo
O nominalismo extremo, também conhecido como nominalismo radical, é a posição mais radical dentro do nominalismo. Essa corrente nega a existência de qualquer tipo de universal, inclusive os universais linguísticos. Para os nominalistas extremos, apenas os indivíduos concretos existem.
Nominalismo moderado
O nominalismo moderado, por sua vez, aceita a existência de universais linguísticos, ou seja, acredita que os universais são apenas nomes ou termos que usamos para descrever características compartilhadas por diversos objetos. No entanto, o nominalismo moderado nega a existência de universais extralinguísticos, ou seja, universais que existem independentemente de nossa linguagem.
Nominalismo ontológico
O nominalismo ontológico é uma corrente que se desenvolveu no século XX e que defende a existência de universais, mas nega que eles sejam entidades independentes. Segundo o nominalismo ontológico, os universais são apenas padrões ou estruturas que existem nas coisas individuais.
Nominalismo metafísico
O nominalismo metafísico é uma corrente que se desenvolveu a partir do século XX e que nega a existência de qualquer tipo de universal. Para os nominalistas metafísicos, apenas os indivíduos concretos existem e não há nada além disso.
Críticas ao nominalismo
O nominalismo tem sido alvo de diversas críticas ao longo da história da filosofia. Uma das principais críticas é a dificuldade de explicar a relação entre os indivíduos concretos e os universais. Se apenas os indivíduos concretos existem, como explicar a semelhança entre eles?
Outra crítica ao nominalismo é a dificuldade de explicar a possibilidade do conhecimento humano. Se não existem universais, como podemos conhecer e generalizar sobre o mundo?
Conclusão
O nominalismo é uma corrente filosófica que nega a existência de universais e afirma que apenas os indivíduos concretos existem. Existem diversas correntes e interpretações dentro do nominalismo, desde o nominalismo extremo, que nega a existência de qualquer tipo de universal, até o nominalismo ontológico, que defende a existência de universais como padrões ou estruturas nas coisas individuais. No entanto, o nominalismo também tem sido alvo de críticas, especialmente em relação à explicação da semelhança entre os indivíduos e à possibilidade do conhecimento humano.